A freguesia de Enxames pertence ao concelho de Fundão, distrito de Castelo Branco em Portugal. Encontra-se localizada entre a Serra da Gardunha e a Serra da Canaveira, fazendo fronteira com a Fatela, Capinha, Vale de Prazeres e Alcaide. Dista aproximadamente a 13 quilómetros da sede concelhia e ocupa uma superfície de 22,6 quilómetros quadrados. O orago da freguesia é S. João Baptista.
A denominação Enxames poderá estar associada ao conjunto de abelhas ou a grande quantidade de pessoas ou coisas na época em que este território foi repovoado.
Apesar de ser de criação muito recente, de 30 de Junho de 1989, a freguesia de Enxames, desmembrada da povoação de Fatela, teve ocupação humana em épocas bastantes remotas, julgando-se que o povoamento do atual território deva datar da primeira metade do século XIII, dado que o lugar de Enxames era já citado numa relação de igrejas e rendas de 1260, publicada por Pinharanda Gomes.
Note-se uma outra notícia, mas no Tombo da Comarca da Beira, referente às inquirições de 1395, de D. João I, e que cita “ As cassas de buu myo Casal dous paradeyros cõ seu quintall q partem cõ Jobam Gomes Afonsso da Fatella e cõ seus bermaãos…(…) e parte, pela Rua do concelho e per cima cõ dona Margarida E trallos dictos paradeyros esta buu cortinbal q é todo tapado sobre sy e e testa no Ribeyro doseixames (…) A Fatella que parte de duas partes cõ Erdade de Jobam gomez e como é testa no dicto Rijoo (…) outra Coyrella na dicta Ribeira e como parte cõ terra dafonso vaasquez de Couylbáá e da outra cõ Jobã gomez e como é testa da parte de Cimacõ terras do dicto Joabm gomez e foy apreçada q leuaria é Semeadura (…)”. Deste documento se conclui que uma Margarida e um João Gomez, moradores e proprietários locais, exploravam courelas neste local.
Enquanto lugar da freguesia de Fatela, Enxames beneficiou do foral dado a Sortelha em 1 de Junho de 1510, por D. Manuel I, passando a integrar esse concelho até à sua extinção, a 24 de Outubro de 1855.
A freguesia de Enxames tem como património cultural e edificado a Igreja Matriz, as capelas da Senhora do Bom Parto e de Nossa Senhora do Fastio e o cruzeiro, antigo símbolo de religiosidade.
Como locais de interesse turísticos destacam-se as paisagens e a zona natural da freguesia, onde ressalta o rosmaninho que dá um magnífico colorido às paisagens locais.
Como artesanato a aldeia tem Bombos, Cortiços, Tamancos de Madeira e bordados de Castelo Branco.
Todos os Enxamenses dispõem de uma horta ou pequena quinta. Aí são produzidos quase todos os géneros hortícolas com especial relevo para as espécies leguminosas cultivadas entre pomares e olivais.
As principais produções agrícolas da freguesia são. o azeite, a cereja, o trigo, o centeio, o milho e a batata. Existem também explorações agropecuárias de nível familiar, derivadas de uma grande tradição de pastorícia e a apicultura.
O sector secundário esta também representado na economia desta terra, destacando-se uma oficina automóvel, serralharia, alumínios e construção civil, bem como atividades de cariz familiar como fabrico de queijos de cabra e ovelha.
No sector terciário temos dois estabelecimentos.
Em 2004 a aldeia com 800 habitantes teve finalmente acesso à rede de abastecimento de água ao domicílio. Foi a última sede de freguesia a ver colmatada esta necessidade básica. Depois da conclusão das obras ficou-se com uma rede de abastecimento de água ao domicílio abragente a 75% da população. Nesta data a água chegou a pelo menos 400 habitações. Referência: Rádio Cova da Beira e Urbi et Orbi.
Senhora do Fastio
O título N. Sr.ª do Fastio, soa como nome muito estranho! Esta invocação, no entanto, consta em várias obras, tais como:
“ A grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira”, “Nossa Sr.ª na Arquidiocese de Braga”, “Portugal Antigo e Moderno”, etc.
Cada ano, realizam-se tradicionais festas em honra da Nossa Sr.ª do Fastio. Tem capela própria, guardiã das mais tradicionais festas da freguesia.
Em Lisboa, no Museu Etnológico dedicado a estudos da cultura de povos naturais, encontra-se uma estampa da Sr.ª do Fastio.
Desconhecesse a origem dessa invocação, dizem que pessoas aborrecidas, desgostosas dos acontecimentos que lhe dizem respeito.
Covilhã Velha
Este castro de nome curioso devido ao facto de se encontrar relativamente distante da atual cidade da Covilhã, está localizado na Serra das Casinhas ou Serra das Cruzinhas, junto à nossa aldeia, a cerca de 695 m de altitude entre pinhal e rochas e daqui se avista ao longe a aldeia histórica de Monsanto.
O recinto estava rodeado por uma dupla cintura de muralhas de traçado ovalado e irregular do qual subsistem ainda hoje alguns muros de cantaria irregular ou alvenaria e vários amontoados de pedras. Dentro das muralhas não existem quaisquer construções definidas.
Embora não havendo certezas em relação à sua história, este castro terá sido a cidade lusitana de Cingínia (isto por hanofonia com os topónimos Casinhas ou Cruzinhas) que foi referida por Valério Máximo e terá sido destruído algures entre 138 ou 136 a .C. pelas tropas romanas comandadas por Décimo Júnio Bruto e a época de Júlio César. Na Idade Média, o castro terá sido fortificado e repovoado tendo sido aproveitadas as construções existentes.
Diz a tradição que aquando da invasão da Península Ibérica pelos Árabes e tendo-se refugiado os cristãos na hoje aldeia de Monsanto, os invasores se vieram fixar neste castro para os sitiar. Dizia-se que neste local existiam fossos profundos e outras construções defensivas. Certo é que em 1865 foi registada a existência de vestígios de arruamentos.
Familiares e amigos no convívio da merenda, nos terrenos junto à ribeira, no decorrer de uma festa em honra de Nossa Senhora do Fastio. Anos "60".
Foto cedida por José Maria Fiens.
Uma representação efectuada por dois jovens naturais dos Enxames, ensaiada pela Sra. Maria José Mendes. Anos "60". Foi apresentada no decorrer de uma festa do Santíssimo Sacramento, nos Enxames.
Foto cedida por José Maria Fiens.
José Maria Fiens e José Ernesto Reis, início dos anos "50". Foto realizada no quintal junto à casa de seus avós maternos no, agora denominado Rossio do Magalão.
Foto cedida por José Maria Fiens.
Srs. Guilhermino M. Salvado e Maria José Mendes, José Maria Fiens e seu irmão João Alberto Fiens, anos "60". Foto realizada junto à casa dos avós maternos de José Fiens no, agora denominado Rossio do Magalão.
Foto cedida por José Maria Fiens.
Quatro elementos do Rancho Folclórico. Anos "60". Foto realizada nas escadas da casa dos avós maternos do Sr. José Fiens , no, agora denominado Rossio do Magalão. Casa dos Srs. Guilhermino M. Salvado e Maria José Mendes.
Foto cedida por José Maria Fiens.
Grupo de pessoas (familiares) na escadaria da igreja no decorrer de uma festa em honra de Nossa Senhora do Fastio. Início dos anos "60".
Foto cedida por José Maria Fiens.
Grupo de pessoas (familiares e amigos) na escadaria da igreja, no decorrer de uma festa em honra de Nossa Senhora do Fastio.
Foto cedida por José Maria Fiens.
José Maria Fiens (aluno), seus avós maternos Srs. Guilhermino M. Salvado e Maria José Mendes, e a professora Pina (à janela). Esta era a escola localizada no, agora denominado Rossio do Magalão. Ínício dos anos "50".
Foto cedida por José Maria Fiens.
Em Abril de 2004 chegou a água canalizada aos Enxames.
A inauguração foi feita dia 18/04/2004, pelo presidente da Câmara do Fundão, Manuel Frexes e pelo Presidente da Junta de Freguesia de Enxames,José Afonso Paulino, durante a visita do executivo à aldeia, que coincidiu com as festividades da senhora do Fastio, padroeira da terra. O depósito de água tinha capacidade para 150 mil litros e a água é captada em terrenos da Portucel na encosta norte da Gardunha, na zona do Malagão, perto do Alcaide.
Devido às características da povoação, bastante dispersa e sem um aglomerado de casas, os 800 habitantes dos Enxames, a cerca de 10 quilómetros do Fundão, tiveram de esperar até ao século XXI para ter água canalizada ao domicílio.
Até esta data fazer uma casa implicava, quase necessariamente, fazer um furo para obter água.
Em Abril de 2004 chegou a água canalizada aos Enxames.
A inauguração foi feita dia 18/04/2004, pelo presidente da Câmara do Fundão, Manuel Frexes e pelo Presidente da Junta de Freguesia de Enxames,José Afonso Paulino, durante a visita do executivo à aldeia, que coincidiu com as festividades da senhora do Fastio, padroeira da terra. O depósito de água tinha capacidade para 150 mil litros e a água é captada em terrenos da Portucel na encosta norte da Gardunha, na zona do Malagão, perto do Alcaide.
Devido às características da povoação, bastante dispersa e sem um aglomerado de casas, os 800 habitantes dos Enxames, a cerca de 10 quilómetros do Fundão, tiveram de esperar até ao século XXI para ter água canalizada ao domicílio.
Até esta data fazer uma casa implicava, quase necessariamente, fazer um furo para obter água.
Em Abril de 2004 chegou a água canalizada aos Enxames.
A inauguração foi feita dia 18/04/2004, pelo presidente da Câmara do Fundão, Manuel Frexes e pelo Presidente da Junta de Freguesia de Enxames,José Afonso Paulino, durante a visita do executivo à aldeia, que coincidiu com as festividades da senhora do Fastio, padroeira da terra. O depósito de água tinha capacidade para 150 mil litros e a água é captada em terrenos da Portucel na encosta norte da Gardunha, na zona do Malagão, perto do Alcaide.
Devido às características da povoação, bastante dispersa e sem um aglomerado de casas, os 800 habitantes dos Enxames, a cerca de 10 quilómetros do Fundão, tiveram de esperar até ao século XXI para ter água canalizada ao domicílio.
Até esta data fazer uma casa implicava, quase necessariamente, fazer um furo para obter água.
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