«Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires nevar, põe-te a cantar.»
Com o início do ano conclui-se a rubrica “No meu quintal dos Enxames”. Aproveito para deixar o meu bem-haja a todos os que seguiram esta rubrica e também aos que no futuro a consultem.
Janeiro é o primeiro mês do calendário e dizem as vozes experientes que o clima deste mês é que ditará se o resto do ano será ou não proveitoso para a agricultura.
Na Horta:
Lavoura das terras e preparação das culturas de inverno, como a batata, iniciando-se a sua plantação precoce a partir do final do mês. Para quem ainda não efectuou toda a poda tem neste mês a oportunidade de a concluir no minguante da lua, caso das figueiras, laranjeiras, diospireiros e macieiras. As árvores devem ser regadas nos dias frios de Janeiro em que se perspectivem “camadões” de geada, pois a resistência das plantas melhora com a água. No crescente é a altura ideal para algumas enxertias. Os dias frios e secos de Janeiros, sem temporal nem nebulosidade, são propícios para a trasfega do vinho. Sempre com o devido cuidado é quadra indicada para a prática de queimadas, que consiste no uso do fogo para renovação de pastagens e eliminação de restolho e, ainda, para eliminar sobrantes de exploração agrícola ou florestal e que estão cortados mas não amontoados.
No Jardim:
Semear begónias, ervilhas-de-cheiro, gipsófilas, girassóis, lírios, goivos. Estrumar os canteiros para acolher as flores de sementeira.
Animais:
Vacinar o gado bovino, cavalar, ovino, caprino e suíno contra as doenças rubras.
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BIBLIOGRAFIA: O Verdadeiro Almanaque; Borda D’Agua (2014); Editorial Minerva